Páginas

sábado, 30 de julho de 2011

Gemido

Esses dias ando com raiva de cinema, na útima vez que fui acompanhado a moça se recusou a segurar meu pênis e também não deixou eu tocar sua vagina quando passei minha mão por debaixo de seu vestido curto e de tecido de cor preta. Pela primeira vez na vida tive receio em requisitar um oral, que é uma mera banalidade nos dias de hoje... tão banal quanto um beijo nos lábios. Acabei não ganhando uma trepada e ainda fui chamado de depravado. Por hora aceito esse devaneio já que não tenho vontade nenhuma de refutar, falando a verdade nem estava ouvindo na hora, só tinha em mente a tristeza por ter perdido sete reais, mas não liguei por muito tempo, apenas um pequeno investimento que não deu certo.
Alguns dias depois conheci uma senhorita que se rende a tudo o que eu peço, não sei explicar bem o porque, mas desconfio que esteja ligado ao tamanho do meu cacete. Ela é a única mulher que consegui enfiar por completo sem causar agonia, o que faz eu me sentir um pouco que diminuido, gosto de ouvir as reclamações sobre o volume que ele ocupa.
Entrei no quarto do motel com esta garota e me direcionei ao banheiro, obviamente deixei a porta aberta como convite e me pus debaixo da água quente do chuveiro. Entrou enrolada em uma toalha, olhou para mim e vagarosamente se despiu da toalha. Calcinha branca de algodão, ao menos não é bege. Se livrou da calcinha. Nada é perfeito comigo, sua vagina era careca, mas fingi para mim mesmo que não me importava com isso. Me beijou e se abaixou pondo minha enorme piroca quase dura em sua boca, seus dentes iam pouco a pouco arranhando à minha glande.

-Tenta ter cuidado com os dentes. – Falei
-Como assim?
-Ta arranhando.
-Desculpa

Ela continuou o ótimo trabalho até que eu não resisti e deixei meio litro de porra em sua boca que rapidamente foi cuspido em direção ao ralo. “Que porcaria”, pensei. Veio me beijar com aquela boca suja e eu sutilmente virei o rosto um pouco e peguei a toalha, enxuguei-a em um falso gesto de carinho para desfarçar a minha vontade de não beija-la. Deitamos na cama e recebi uma boa massagem no pau, que logo se pôs em pé. Gentilmente ele foi vestido e então ela montou em cima e me fez de cavalo, seus galopes intensos lhe renderam uma boa gozada. Imagino que tenha sido boa, pois ela começou a se titilar durante o clímax, porém nenhum audio foi ouvido por mim. Virei-a de costas e com muita virilidade e força mascula coloquei-a de quatro e meti com força. Era quase meio metro de piru entrando e saindo acompanhado com a ausencia dos gemidos de dor e prazer que outrora eu conseguia proporcionar com total facilidade. Senti meu pau deslisar cada vez mais facil até que ela se pôs a tremer novamente, havia gozado silenciosamente. Eu já estava ficando puto com essa mulher. Apertei com força a bunda dela, abrindo-a ferozmente com toda força que eu tinha, soltei a banda direita e lhe desferi um tapa que, provavelmente, deve estar estampado até hoje, mas mesmo assim, nenhum grunido. “Que porra é essa?!” perguntei a mim mesmo em meus pensamentos. Eu estava com a respiração difícil, não era de cansaço, era o ódio em seu estado mais puro corroendo minhas veias.

-Relaxa aí gatinho, deixa que eu te ajudo a gozar.

Encostei-me na cabeceira da cama com minha respiração assimétrica e sem desviar meu olhar raivoso. Minhas sombrancelhas lutavam com o esbugalhar dos olhos. Colocou gentilmente a boca em minha birosca que latejava, segurei em sua cabeça e enfiei tudo com força.

-Guardddppp
-Se engasga aí mizéra – Falei baixinho e com sorriso sádico.

Rapidamente gozei e ela engoliu

-Que delícia! – exclamou a louca.

Virei a cara para o lado e senti uma pequena vontade de vomitar imaginando que gosto teria o meu sêmem.

-Tem gosto de quê? – Perguntei.
-Tem gosto de esperma.
-É salgado?
-É doce e salgado ao mesmo tempo.
-Que lixo.
-O seu é mais salgado do que doce.
-Legal.

Liguei a tv e fiquei assistindo filmes de ozadia.

-Que gosto tem meu pau? – Perguntei.
-Pau não tem gosto.
-Então porque você gosta tanto de me chupar?
-Porque seu prazer me excita, não é óbvio?
-Ok...

Voltei a olhar para televisão.

-Meu pau é pequeno? – Perguntei.
-Não, seu pau é normal.
-Como normal? Ele é enorme! – Exclamei com raiva.
-Sim, é grandinho... porque você tem tanto orgulho dessa porra aí?
-Porque, além das minhas pernas grossas, ele é a unica coisa que tenho motivos para orgulhar.
-Você também tem esse seu relógio.
-Verdade. – Olhei para o relogio em meu pulso. -É suiço essa minha porra – Completei.

Tomei outro banho e quando voltei a lazarenta já estava dormindo. Continuei acordado apreciando o péssimo porno que se é produzido hoje em dia. Falta cabelo nas partes intimas das mulheres. Meu pau subiu e eu me masturbei. Gozei nas costas da garota só de sacanagem e ela não acordou com o liquido quente que escorria até o lençol. Sorri e dormi.
Acordei sendo bajulado oralmente.
-Já estamos em cima da hora do checkout.
-Check o que? – Perguntei
-Se passar da hora do checkout vamos ter que pagar uma diária.
-Ah sim, Checkout, é verdade, vamos embora.
-Deixa eu terminar.
-Ta.

Chupou-me até eu gozar. Levantamos, nos vestimos e pagamos a conta do hotel, na verdade ela pagou tudo sozinha. Utimamente só ando duro.

-Porque você não geme na hora? - Perguntei
-Sei lá. Nunca tive vontade.
-Beleza.

Coloquei-a dentro de um táxi. Fui embora na direção oposta e parei no ponto de ônibus. Minha casa era à duas quadras dalí, mas eu estava com preguiça para ir andando. “Será que ela limpou as costas melada?”, pensei. Ao chegar em casa, tomei um café, comi um pão e fui até o meu quarto, minha cama estava cheia de roupas sujas e cuecas duras lavadas com sabão. Deitei no meio da merda e dormi.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Uma pequena dose de bom senso

Cada dia que passa o mundo se torna um lugar pior para viver. No cinema, temos viadinhos segurando varetas ou uma saraivada de filmes brasileiros que fedem a merda, uma merda mais fétida do que à expelida por Hollywood. Cinema brasileiro se resume a nordestinos tabareus que falam errado (chamam isso de comédia que retrata a realidade do país) ou cariocas marginais de alta periculosidade que dominam o mundo com o tráfico (outro retrato da realidade, pff), eu gosto de arte e quero ver no cinema bons filmes. Existe um diretor judeu que sempre esqueço o nome.. Woody Allen, que faz um excelente trabalho, seu último filme estreou, mas quando eu em minha inocente felicidade fui ao cinema, o único horário do filme era às 21:30. A culpa de só existirem pessoas retardadas é do cinema. Pior de tudo é também não ter salas com o filme em seu estado original, estão todos DUBLADOS.

-Vão a merda. – Tenho vontade de gritar e as vezes eu faço.

O que sinto falta é alguem ao meu lado para grunir: “Vão se foder”. Estou sozinho e cercado por infinitas pessoas idiotas. Axezeiros de merda. Baianos fodidos . Orgulho de ser nordestino é o caralho. Quem sabe um dia eu não consiga fugir para as montanhas e aprenda a esquiar, mas por enquanto estou aqui nesta merda. Um surto de zumbi seria uma ótima solução ou peste negra, malária, lepra, aids. Por favor, pragas, levem todos embora.
Depois de engordar 7kg está muito dificil conseguir alguma coisa com as mulheres, se bem que com 7kg a menos era também dificil, e o pior é que querem acabar com as prostitutas. Se as pessoas fumassem maconha ao invez de ingerir álcool, o mundo seri a diferente, talvez menos pior. Eu odeio bebidas, parei de beber todos os dias, agora só bebo finais de semana. Tenho algumas metas a cumprir, entrar na faculdade é uma delas. Eu sei o que acontece, você se forma, arruma um emprego e troca suas bolas por dinheiro. Se eu fosse um pouco mais ignorante entrava em uma igreja. As pessoas acham que eu quero ser chato, mal sabem que eu faria tudo para poder gostar de filmes dublados, axé, ter amigos, dançar, comprar carro, comprar roupas, big brother, etc. Mas não é facil, mesmo que eu me esforce muito, não consigo. Não tenho culpa nenhuma se minha merda fede melhor que a de vocês. Estou a cem anos na frente e me sinto muito mal por não estar a pelo menos mil. Chame-me de megalomaníaco se quiser, mas eu digo que tenho bom senso e sei do que estou a falar. Eu adoraria ganhar dinheiro com blog, mas infelizmente não tenho fans fanáticos, ninguem me pede autográfo na rua e eu entendo.
Só tenho um conselho a dar aos senhores, conselho este que me foi aconselhado por um grande sábio que conheço: “Não seja povo, seja gente.” Não deixe que ninguem pense por você.

Ok, vamos ao que interessa, um dia eu estava a andar pela rua e uma senhorita me chamou da janela do apartamento de um amigo meu
-Ei, você por aqui? Entra, vou abrir a porta! – Exclamou
-Certo. – Respondi

Entrei e fui aliciado por várias pessoas bebadas, me deram um copo de birita e eu me embriaguei. Fui no fundo da cozinha, que é um tipo de quintal, para fumar um cigarro e lá estava a senhorita, sozinha, me pediu um cigarro, é claro. Hoje em dia os fumantes não compram mais cigarro, pois está muito caro o maço. Quatro reais e cinquenta centavos por apenas 20 cigarros, até para morrer você tem que dar os olhos da cara. Ela começou a falar um monte de merda que eu não dava a minima, falava do ex marido, do filho, de agiotas... eu não me interesso por meus problemas, imagina se eu iria me importar com problemas de uma estranha. Quando ela se pôs a chorar, eu abracei-a e dei um beijo. Tentei me esfregar mas tinha muitas pessoas por perto, então conduzi a senhorita até um quarto que tinha uma pessoa dormindo no chão, óbvio que não me importei. Despi a jovem e introduzi meu grotesco intrumento no meio de suas pernas e esfreguei até poder entrar com facilidade.

-Sem camisinha? – Ela pergunta
-É. – Respondi
-Não, não.

Me empurrou, vestiu a calcinha e foi ao banheiro. Procurei o dono da residencia e pedi para que ele me desse um preservativo, por sorte ele tinha várias camisinha e uma bolinha que explode.

-Que merda é essa? – perguntei
-É só introduzir na buceta que explode
-Ah, beleza.

Interceptei a garota na saída do banheiro e a conduzi novamente ao quarto.

-Agora tem camisinha, relaxa aí.

Deitou na cama e abriu as pernas, segurei as coxas e fechei novamente a perna para poder tirar a calcinha, introduzi a bolinha e repeti o processo de esfregação até poder introduzir com facilidade meu glorioso órgão genital. Ela estava desconfortavel e ficava se contorcendo.

-Para, para...
-Não.

Segurei com força os braços dela e meti rápido para uma gozada ligeira.

-Agora eu paro – respondi.

Levantei, me vesti , joguei a camisinha usada na privada que não tinha descarga e fui embora. Juro que não sabia que não estava funcionando a privada e até hoje não sei se explodiu a bolinha.

(Não é putaria que vocês querem?)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pirata

A vida sempre foi dura em qualquer época que seja, mas nesta, eu poderia dizer que poderiamos ter uma boa vida, tinhamos a imensa vastidão do mar para explorar e uma má fama para construir, porém depois de sermos pegos de surpresa por um fortíssimo vento vindo do noroeste seguido de uma tempestade, ficamos vários dias a deriva com as velas rasgadas, sem bússola, e sem ter o que comer ou beber. Metade da tripulação havia morrido e o resto de nós estavamos mais do que mortos por dentro, apáticos, anseiavamos por nada, nem mesmo energia para amaldiçoar Deus e o infinito oceano existia. O que mais me preocupava era a saúde do capitão, dois de seus dentes haviam caido e seus ferimentos pioravam cada vez mais, não havia dúvida, ele estava sofrendo com o Mal de Angola.

-Se eu morrer, meu amigo, eu quero que você fique em terra.
-Não diga isso, capitão, o senhor nunca vai morrer – retruquei
-A vida no mar não é mais como era antes meu caro, se essa tempestade não tivesse nos fodido provavelmente a marinha britanica teria.
-Eu sei que eles são foda, capitão, mas nós também somos demônios.
-Até mesmo Rios, o Maldito, um demônio de verdade, está morto. O que você acha que nos espera?

Um estrondoso baque nos surpreende, haviamos encalhado.

-Parece que estamos salvos. – Fala o capitão.

Corri até o deck e realmente estavamos salvos, conseguimos chegar em terra. Pode até parecer um milagre, apesar de não acreditar nessas besteiras fiquei tentado em pensar que algo divino nos puxou até essa ilha, uma ilha recem dominada por piratas, onde donos de estalagens faziam riquezas da noite pro dia. Desembarcamos. Levamos o capitão e os outros feridos e doentes para serem cuidados. Para curar escorbuto do capitão era simples, apenas tivemos que o fazer comer alguns repolhos e chupar algumas laranjas, mas para os feridos era necessário um médico de verdade, pernas e braços em estado de grangrena gráve. Parecia que o nosso bando tinha chegado ao fim.

-Só conseguimos aguentar 1 ano, sou mesmo um fracassado, mr. Riddley.
-Que bom que o senhor está melhor, capitão. – Respondi –Seja bem vindo de volta.
-Você ficou aqui do meu lado o tempo todo? – Perguntou se ajeitando na cama.
-Sim.
-Onde estamos? Que lugar é este?
-Não sei, acho que estamos em alguma ilha perto da costa Brasileira.
-Onde está a minha tripulação?
-Alguns deles não sobreviveram, outros se mandaram. Só sobrou eu, capitão.
-Você é um bom amigo, mr. Riddley. – Sorriu –Sobrou algum dinheiro?
-Temos o bastante para ficar mais alguns dias.
-Bom, então vamos beber alguma coisa. Tem tanto tempo que não ponho um liquido na minha boca que acho que já me esqueci qual gosto do rum e de um bom vinho.

Descemos as escadas da hospedaria e então sentamos em uma das mesas. As putas nem olharam pra gente, foram bons os tempos em que chegavamos em um lugar como esse com o bolso cheio de ouro. Deliciamos uma garrafa de cachaça e então uma figura apareceu na porta, com um ar serio e postura imponente. Reparei no seu chapeu, como eu queria um chapeu como aquele. Seus passos faziam meu coração palpitar de medo. Cumprimentou o capitão com um leve balançar de cabeça, pegou uma garrafa de rum e se sentou conosco. Sua tripulação entrou logo em seguida, negros africanos cada um com 3 a 4 metros de altura e todos de tapa-olhos.

-Pensei que era apenas uma lenda que para entrar na sua tripulação se custava os olhos da cara, Rios. – Fala o capitão.

Fiquei sem palavras, não pude esconder meu espanto e entusiamo de estar na presença de um homem tão ilustre. Então este que é o tal Rios, o capitão pirata mais temido e odiado de todos, dizem que até o própio satanás o chama de filho. Então, este que é o homem. Quando era criança ouvia infinitas historias aterrorizantes. Prometi a mim mesmo que eu me tornaria um notório pirata e meu nome ecoaria até os céus e faria Jesus Cristo tremer.

-Ouvimos dizer que você tinha morrido, mr. Rios. – Fala o capitão. –Disseram que você tinha sido capturado e perdido a cabeça.
-Eu também ouvi isso, até mesmo eu acreditei estar morto, mas depois me dei conta de que estava em algum lugar da costa asiática, e lá me veio a ideia de ter uma frota, por isto voltei para estes mares calmos daqui.
-E o que o tras a nossa humilde mesa?
-Você é o capitão daquela caravela ancorada aqui perto?
-Sim.
-Onde está sua tripulação?
-Está aqui do meu lado – Apontou para mim.

Seus subordinados gargalharam.

-Hasteie minha bandeira e navegue tocando terror com meu nome. Fique com 90% das pilhagens, não me importo com dinheiro, apenas quero que você siga meu navio, o Leviathan.
-Esta é uma grande oportunidade sr. Capitão. – Falei
-Sim, eu aceito. – Falou o capitão sem hesitar.
-Reuna uma tripulação, partimos em 5 dias. Hoje, bebam por minha conta.

Seus homens eram ex-escravos , salvos através de assaltos a navios negreiros da corte espanhola e portuguesa. Dizia a lenda que os tripulantes do Leviathan eram brancos que tinham a pele negra porque todos eles passaram pelo inferno, mas não passavam de pessoas legais e camaradas, curtidores e amantes do mar. Ficamos bebados e rimos até perder o folego. Fui para o meu quarto dormir e o Rios havia deixado um presente para mim. Na minha cama me esperava uma vadia loira e uma asiatica. Deitei e fechei os olhos enquanto as duas acariciavam meu órgão, sorri e deixei elas me satisfazerem. Essa é mesmo uma vida muito boa.

Continua...

terça-feira, 3 de março de 2009

Fique na sua que ninguem te bole

Estávamos vendo, pela televisão, o carnaval.

-Essas pessoas fantasiadas de travesti apenas merecem sofrer. – Falei ao Márcio.
-Carnaval é isso aí.
-É, e todos eles merecem sofrer, são ridículos.
-Merecem nada. – Retrucou. –É bom.

Bebi a ultima gota da minha dose de conhaque e levantei para pegar a garrafa do Domecq que estava em um local distante.

-Eu só ando bebendo essa merda aí de tanto ver você gostar. – Falou o Márcio.
-Pois é.

Sentei no sofá e deliciei mais um gole do bom Domecq.

-Olha isso, Rios, só as gostosas ai no carnaval. Você queria estar lá, por isso fala mal.
-Queria estar com aquela ruiva ali ó – Apontei –Mas estar no meio dessa merda, acho que não.
-Você é muito viado.
-E você é muito filho da puta. E ainda precisa de uma empregada, essa sua casa fede a tudo.

Alguém bate na porta, mas a surpresa de saber quem era a desgraça foi desmanchada pelos gritinhos que entregaram a identidade do algoz.

-Abre a porta aí pro Alf, Rios. – Ordenou Márcio.
-Eu não. Ele do lado de fora é melhor.
-Deixe de preguiça, abre logo.
-Não. A casa é sua, abre você.

Levantou e convidou o Alf com sua namoradinha para entrar. Uma garota linda, loira, peitinhos durinhos e pequenos. Uma pena a menininha ainda ser debutante. Desequilibra-se e quase cai ao passar pela porta.

-RIOS! GRANDE RIOS! – Grita o Alf. –Quanto tempo meu camarada!! Como vão as coisas? Cadê esse mulheril?!
-Largue de ser barulhento, cadê os hematomas? Conseguiu sair ileso daquela incidente? Que surpresa...
-Claro, dei-lhe dois gritos e o filho da puta se aquietou.
-Ouvi dizer que foi o contrario. – Falei.
-Foi nada.
-Só te digo uma coisa, um grande sábio me falou uma vez: “Fique na sua que ninguém te bole.”
-É, é... é. Pode crer. – Vira pro Márcio – Ei, grandeza, posso usar aqui seu quarto?
-Claro. – Respondeu Márcio.

Os dois amores entraram e trancaram a porta do quarto.

-Andam fazendo minha casa de motel agora, Rios, ta foda isso.
-Pior na minha que fazem de lan-house. – Repondi.
-Pois é.
-Sabe o que seria engraçado?
-Não.
-O pai dessa menina aí chegando com meio mundo de polícia.
-Seria engraçado se parassem de não trazer fêmeas para mim, o dono do estabelecimento, como forma de pagamento ou gratidão.
-É.
-Que menina estranha essa aí em. Viu a cara? - Perguntou Márcio.
-Sim, quinze anos no máximo. – Respondi.
-É, mas você viu a cara da porra?
-Aquilo era cara de Vodka com Coca-cola.
-Nada, era cara de pinga, limão e mel.
-Era nada.

Acendi um Hollywood e aceitei relaxar no humilde sofá.

-Já vi muita coisa estranha nessa vida. – Falei.
-Viu nada, você é muito fudido.
-Teve uma mulher aí que tomava banho com água mineral e outra que confundia largatixa com vaga-lume, e ainda pegava pra tentar fazer de lanterna.

Ouve-se um barulho de pancada vindo do quarto.

-Olha aí a merda, ta espancando a garota. – Falei.
-Puta merda..

Sai do quarto, Alf, de cueca.

-Caralho! Puta que pariu! Deitei a menina na cama, fui tirar a roupa, daí ela caiu de cabeça ali no chão e começou a se tremer! Puta merda, puta que pariu, caralho..

-Calma! – Exclamou Márcio. –É só levar pro hospital.

Arrumaram a garota, puseram no carro e levaram sabe-se lá pra onde. Ainda bem que não foi comigo e nem na minha casa. Bebi o resto que estava no copo, peguei a garrafa e fui embora. No conforto de minha residência, saboreei o ilustre conhaque na calma e boa solidão que só existia em meu quarto.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Um homem sem culhões não é nada.

Sentei-me na calçada e dei uma vomitada. Passou uma gorda vesga que parecia ter síndrome de down, peguei-a pela nuca e dei um beijo. Saiu andando rápido sem olhar pra traz. Cai na calçada e deixei escorregar a garrafa de vinho, maior parte do liquido fugiu. Dei uma golada no que restou e fui juntando forças pra me levantar, consegui por alguns segundos e a gravidade me puxou de volta. Só preciso ficar um pouco aqui parado, pensei. Só mais cinco minutos e eu consigo. Levantei-me e segui rumo a minha residência. As pessoas já estavam acordando pra irem trabalhar, estudar, ou qualquer outra porra que se faz cedo. Olhavam-me e sentiam inveja, medo, nojo e mais outras coisas.

-Ta olhando o quê filho da puta? – Perguntei a um filho da puta de terno.
-Nada.
-Volte a falar comigo de novo e enfio tua cabeça no seu cu.
-Bêbado Veado. – Entrou em um carro e seguiu seu rumo.

Depois de andar por um tempo, percebi que não fazia a mínima idéia de onde estava. Uma garota veio em minha direção.

-Que tal uma chupada aí nessa sua piroca, garanhão?

Fiquei parado olhando pra cara da puta.

-Não, Obrigado.
-Não tem dinheiro ou é veado?
-Os dois.
-Que pena. Chupo mais que um aspirador de pó.
-Ah é?
-5 reais e te mostro que o céu é aqui.
-Que tal eu te pagar um vinho e você me chupar só porque eu sou bonito?
-Você não é bonito.
-Mas sou legal, deixa eu te pagar um vinho e vamos sentar pra conversar.
-Conversar o quê?
-O quê você quiser.
-Não.
-Não? Que isso gata, não me dê um fora.
-Ta certo, eu aceito uma bebida.

Entramos em uma padaria.

-Ei, me da um vinho aí, por favor.
-Qual?
-São Jorge.
-Você tem dinheiro?
-Não, estou vindo comprar aqui porque não tenho dinheiro.
- Dois e quarenta e nove.

Tirei três reais do bolso e entreguei ao cara. Recebi 50 centavos de troco.

-Falta um centavo, sabidão. – Reclamei.
-Aqui, toma. Apenas vá embora.
-Foda-se – Mostrei o dedo e dei o fora.
-Esse cara é um filho da puta. – Falou a puta.
-Sim. Qualquer dia desses eu volto aqui e encho essa bunda gorda dele de pão.
-Porque não enche agora?
-Não quero agora.
-Você não tem culhões pra isso, só sabe falar.

Abri o vinho e acendi um cigarro.

-Preciso dar uma mijada.

Entrei na padaria de novo e fui em direção ao banheiro.

-O que você quer? – perguntou o filho da puta.
-Banheiro.
-Não vai não. Saia daqui.
-Quero mijar.
-Quer nada.

Botei o pau pra fora e comecei a mijar dentro da espelunca.

-Claro que quero mijar. Olha aqui o meu mijo. Olha como é amarelo. Sua mãe iria adorar receber um jato de mijo desses na cara. – Falei dando umas goladas no vinho e balançando o órgão sexual de um lado para outro.
-SEU FILHO DA PUTA!
-Não chegue perto. Eu te mato! Ouviu? EU TE MATO!

A vadiazinha ria do meu show enquanto enchia a bolsa de porcarias das prateleiras. O veado veio em minha direção, com mãos fechadas e muito ódio estampado na cara. Tentou me acertar um murro no meio do nariz, mesmo eu estando com pau pra fora, bêbado e ainda mijando sem parar, consegui desviar. Mirei em seus pés, mas conseguiu desviar do xixi. Nunca vi um gordo tão ágil.

-Nossa. Você é muito bom! – Guardei o pau, joguei a garrafa longe e me posicionei pra briga.

Recebi um soco cruzado no meio da face. Não estava sentindo dor nenhuma. Acertei sua pança com muita força. Foi bem no estomago. Agachou-se segurando a barriga e caiu de joelhos.

-Seu filho duma puta! Arruaceiro filho da puta! Vou te matar! Vou te matar e enterrar em pé no meu quintal! Filho duma... duma puta. A polícia vai te pegar e você vai ser a mulher de mil outros bandidos filhos da puta que nem você.Dei-lhe um soco na cabeça.
-Você tem sorte de eu não dançar sapateado em cima do seu crânio.

Peguei alguns vinhos, uma garrafa de vodka e três maços de Hollywood.

-Ainda da pra pegar mais coisas.
-Não. Já chega.
-Mas ainda da pra pegar mais!
-O que você pensa que eu sou? Um vagabundo ladrão?
-Da pra pegar mais!
-Não volte a repetir essa merda! Ta me deixando puto já!
-Moro aqui perto, vamos lá beber essas merdas.
-Ta.

Andamos um pouco e chegamos num prédio bem elegante e bonito.

-Você mora aqui? – perguntei.
-Sim.

Subimos alguns andares e entramos num dos apartamentos. Tudo bem arrumado. Tinha até sofá. Deitei no sofá e acendi um cigarro. Minha cabeça ficou girando, senti náuseas.

-Então, como consegue pagar isso aqui?
-Dou um jeito.
- Você não pode sair por ai chupando picas a cinco reais. Você poderia cobrar pelo menos uns vinte ou trinta. Eu pagaria pelo menos uns duzentos pra poder te foder. Você é bonita, gostosa, olha o tamanho dos seus peitos. Pagaria vinte por uma mordida, cinqüenta por uma chupada e duzentos por uma metida. Porra, você é gostosa, caralho.
-É.

Abriu um vinho, deu uma golada e me passou.

-Como é teu nome? – Perguntei.

Posicionou a buceta na minha cara e eu comecei a lamber. Exalava um cheiro escroto, um cheiro de axila. Cada lambida era extremamente nauseante. Vomitei ali naquela xoxota podre e comecei a me afogar no meu próprio vômito. Ela nem ligava, ficou rebolando até gozar.

-Caralho! – gritei -Quer me matar?!
-Vamos lá no banheiro, limpar essa merda.
-Tá.

Ligou o chuveiro e esfregou uma esponja na buceta. Meti minha cabeça debaixo da ducha. Não tinha toalhas, sai molhando tudo. Peguei um desodorante Roll-on em cima da pia e meti na xota fétida.

-PUTA MERDA! Isso é muito bom! Caralho! Sempre usei essa merda porque parecia um pau e nunca pensei em meter!
-Pois é. – Respondi. –Que tal agora um Roll-on de verdade?
-Sim.
-Olha como ele é largo e grande. Olha como ele lateja. Você disse que eu não tinha culhões? Olha o tamanho aqui da porra! Olha a merda aí gigante e peluda! Mal cabe na sua mão! ACORDA SUA PUTA! – Dei um tapa na cabeça. –Não ouse dormir enquanto segura meu gigantesco órgão sexual, sua vadia!

Pôs-se a chupar, tão intenso quanto um aspirador de pó. Só faltou ter uma língua áspera, de lixa. Gozei e segui até seu quarto. Deitei na cama e dormi. Acordei com a vagabunda chupando sem parar meu lindo e glorioso órgão. Se eu fosse um cachorro, lamberia o dia inteiro. Gozei novamente e dormi.

domingo, 12 de outubro de 2008

Alf, o ETeimoso

Acordei hoje mais cedo para poder ficar mais tempo à toa. Comi um pão, tomei uma cerveja e vomitei antes de escovar os dentes (Cheiro de pasta é sempre nauseante, ainda mais pelas 9 da madrugada). Fiquei ouvindo Bach enquanto esperava algo acontecer. Uma batida na porta interrompeu a música.

-Quem é, porra? – Gritei.
-É eu!!
-“É Eu” o caralho seu analfabeto.

Levantei e abri. Era o Renato ou Alf que é como os outros o chamam por aí. “Alf”, um apelido bem imbecil que recebera de algum amigo retardado. Creio que esse pseudônimo esteja relacionado com aquele seriado ridículo dos anos 70 ou 80: “Alf, o ETeimoso”.

-Olá – Cumprimentei
-Aê Riosão! Trouxe umas cervejas aqui rapá!
-Ah. Entra aí.

Acendi um cigarro

-Põem essas merda lá na geladeira – Falei.
-Ta.

Alf é o leitor que vive mesmo em função do que escrevo. Se não fosse por esse fato, acho que ele nunca iria passar pela minha porta. Cara chato do caralho. Pôs-se a criticar os finais dos contos sem parar. Já estava de saco cheio, e para uma desgraça maior, uma criança começa a berrar gritos de agonia.

-Está ouvindo isso?
-Isso o quê? – Perguntei.
-Essa aberração aí gritando.
-Ah. É o menino que mora aqui em baixo – Respondi.
-Alguém devia fazer alguma coisa. – Falou irritado.
-Daqui a pouco ele para.

Foi até a janela e gritou.

-Cala boca seu filho da puta!

Ouvi sons de irritação, cadeira caindo e pisadas fortes no solo.

-VÁ TOMAR NO CU! – Alguém berra da casa do garoto que continuava em seus prantos medonhos.
-FAZ ESSA MERDA CALAR A BOCA – Alf grita de cima. Ainda vai sobrar pra mim, pensei.
-Vem calar a boca da tua mão aqui então, ela não para de gritar e gemer quando a ponho no colo.

Irritado e inspirado no mito Rios, iludido pelas baboseiras que escrevo, Alf desce as escadas e vai ao encontro do que eu chamaria de mamute, rinoceronte, armário, godzilla ou Arnold Schwarzenegger brasileiro.
Deu chutes e socos na porta do cara. Desci pra presenciar essa cena, não é algo que costuma acontecer todo dia. Sentei na escada e continuei bebendo minha cerveja e saboreando meu cigarro.
A porta abriu e deu passagem ao gigante. Alf continuou a gritar mesmo vendo o tamanho do gorila. Se pôs a falar ameaças, xingamentos e outras coisas desnecessárias.

-Bom dia, Rios. – Falou o armário, ignorando o pobre Alf.
-Bom dia vizinho. – Respondi.
-Esse cara aqui é seu amigo?
-Sim.
-Ele pode parar de incomodar?
-Quando ele surta assim, ninguém o para.

Dava pra perceber uma certa expressão de medo na cara do vizinho. Afinal, qualquer um teria medo de um louco dando socos na porta e ignorando completamente o fato do seu tamanho ser incrivelmente maior. Até eu teria medo. Pra falar a verdade, morro de medo de qualquer um que bate na minha porta.
Uma morena com cara e roupas de hippie ia descendo as escadas.

-Bom dia princesa. – Cumprimentei.
-Posso passar? – Perguntou a garota.
-Claro, mas seria melhor que fosse esperasse essa briga terminar, esses caras são meio loucos e imprevisíveis, você pode se machucar.
-É. Acho melhor esperar. – Falou a moça.
-Lá em casa tem umas cervejas, musica... e certamente é mais limpo que essas escadas. Não quer esperar lá?
-Sim. – Falou sem hesitar.

Que dia maluco, pensei. Subimos e entramos em minha residência. Como um bom cavalheiro, tirei seu casaco, pendurei na cadeira e pedi que se acomodasse. Coloquei Janis Joplin pra tocar, peguei duas cervejas. Sentei-me ao lado da senhorita, no chão, como nos velhos tempos da febre hippie que tomou conta dos jovens na década de 70. Apesar de odiar hippies, eu estava gostando daquele momento. Dei-lhe um beijo.

-Você sabe mesmo como agradar. – Falou a hippie
-Sim, e adoraria passear os dedos por essa cabeludinha.

Fui alisando por cima da saia.

-Como você sabe que é cabeludinha?

Toda garota que tira onda de paz e amor é cabeludinha, pensei.

-Sei pelo cheiro. – Respondi.
-Pelo cheiro? Não fede.
-Sim, não fede, muito pelo contrario, é um cheiro doce e suave que só os especialistas em xota como eu percebem. Era pra eu ter me tornado um ginecologista.
-E o que você é?
-Nada.

Enfiei a mão por dentro da calcinha e devagarzinho fui descendo pelos pêlos até chegar ao lugar secreto. Através dos beijos fui sentindo os suspiros de prazer que me fazem saber que querer experimentar outra coisa é uma completa loucura.

-Vamos lá, abre ai as pernas pra eu examinar e ver se não tem fungo.

Além das pernas, também abriu um lindo sorriso. Saquei pra fora meu instrumento e meti.

-Relaxe, não é nada disso que você está pensando, esse é um meio alternativo de examinar, aprendi lá no Pólo Norte.

Terminei de meter e deitamos na cama. Pobre Alf, imagino que tenha morrido.


lololol Bônus.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

o Peixe

“Seus olhos brilham como as estrelas do céu, és tão bela quanto uma mariposa cruzando o oceano atlântico sob a luz do luar.”
Os fazedores de metáforas deveriam lamber meu saco.

Há muito tempo atrás, conheci uma cigana que fedia a merda. Além de cruzar, não gostávamos de fazer nada que um casal normal faz. Curtíamos a noite bebendo vinhos roubados de supermercados, vendo TV e trepando ou saindo pra algum lugar e trepando. Os ciganos daqui deveriam ter trailers, ia ser mais divertido. Zé das mono era o nome ou apelido de seu amante, não sei se era pelo fato dele ter uma mãe com uma grotesca monocelha ou se é porque só consegue copular com fêmeas com grandes características neanderthais na testa, pode ser também que seja porque ele próprio possua apenas uma faixa peluda acima dos olhos ou quem sabe pela soma de tudo. O Zé se tornou um grande amigo meu, nem me importava que ele fodesse minha cigana. Poderia pelo menos me dizer, mas ninguém é perfeito, que se foda.
Em um sábado, eu e Zé fomos até um rio tomar uma cerveja e andar de barco. As pessoas têm muita sorte de não quererem sair velejando pelo rio, talvez soubessem que seriam saqueadas pelo nosso bando pirata. Rios caolho e Zé das mono.

-Porquê Rios caolho? Você não é caolho porra! – Sempre repetia o vice-capitão, zé das mono.
-Porque uma dia eu vou ficar caolho, é o destino de todo capitão.
-E a perna de pau? Porquê não vira “Rios caolho da perna de pau” logo?
-Perna de pau é mito.
-E quem disse que você é o capitão?!
-Eu.
-Mas quem roubou essa canoa fodida do caralho foi eu.
-O que significa isso? Um motim? – Peguei o remo e ameacei. – Aquiete-se aí e comece a remar!
-Remar pra onde? Único lugar que podemos ir é até o outro lado.
-Ah, então ficaremos aqui mesmo, me da uma cerveja aí.

Sentamos e permanecemos inertes. Gastamos muita energia nessa briga retardada. Um peixe pulou do lado do barco.

-Olha que peixe estranho – falei.

Zé pegou a rede e o capturou.

-Poderíamos frita-lo – Falou olhando para o pobre peixe em suas mãos.
-Não, não como os bichos. – Falei.
-Não seja fresco, Rios.
-Não como os bichos. Joga essa porra fora.

Devolveu o peixe para o rio.

-Não gosto de você como capitão.
-Então ache outro barco e junte sua tripulação, esse aqui eu já confisquei, se quiser tomar meu lugar vai ter que me matar. – Falei.

O peixe pulou de volta para a canoa e ficou se debatendo no seco.

-Olha aí Capitão, ele quer ser frito e digerido.
-Talvez ele só queira ser seu amigo e você fica nessa de comer o peixe.

Encheu um balde com água e jogou o bicho dentro.

-Ele vai pular daí, os peixes não são amigo de ninguém. – Falou o zé.
-Vai nada, cala boca, seu bolachão.

Permaneceu dentro do balde, com a cabeça pra fora. Joguei cerveja nele e pareceu que gostou.

-Viu? Ele gosta até de cerveja. – falei.
-Tá.
-Ele vai ser meu papagaio.
-Ele é um peixe.
-Não, é um papagaio, todo capitão tem um. O meu é especial, é um peixe. Um papagaio peixe ou vice-versa, tanto faz.
-Não sei se tu ta me sacaneando o está falando serio mesmo, isso me preocupa.
-Tanto faz também, no final de ambas hipóteses você será um imbecil. – falei. Com sorrisinho sacana na cara.

Jogamos o peixe devolta na água e fomos embora. No outro dia voltamos lá no rio pra velejar e o papagaio pulou na canoa.

-Ah! puta q pariu! – falei – é o mesmo peixe! falei pra você que ele queria ser amigo!
-Se foder! Não é o mesmo, deve ser o irmão ou sei la.
-É o mesmo!

Estalei os dedos da mesma forma que se chama um cachorro domestico. O peixe se debateu no chão da canoa

-Oh la! Quer ser de estimação a porra. – falei.
-Quer nada, ta se debatendo porque não ta na água.

Tiramos as cervejas de dentro do balde, enchemos com aquela água escura do rio e jogamos o bicho lá dentro. Estalei os dedos novamente.

-Oh la! Não se debateu. – Falou o zé.
-Mas ficou nadando rápido, tipo cachorro correndo e balançando o rabo quando a gente chega em casa.

E foi assim todos os dias, pegávamos o peixe e levávamos pra passear, depois devolvíamos para o rio e íamos embora cuidar da vida. Trepar, arrumar dinheiro pra comprar comida e bebida. Achei depois um puteiro de peixes. Tinha um pet shop com vários aquários, tudo separado por macho, fêmea, ou tamanho, ou raça ou sei la, qualquer coisa. Capturamos novamente o mesmo peixe-papagio e pedimos pra o negro que trabalhava lá que deixasse o nosso peixe esfregar seu órgão sexual nas fêmeas da loja. O cara deve ter achado estranho o pedido, mas não negou o favor. Nunca tinha visto peixe cruzar antes. Ele nem penetra. O Funcionário nos informou que é apenas isso que acontece, o bicho lança o esperma na água e a fêmea chupa com a xota a porra pra poder ficar grávida de ovos. Senti-me meio triste, levei o amigo pra dar uma foda e tudo que ele faz é se punhetar. Pelo menos foi de graça. Comprei uma dose de Domecq e um litro de vinho, bebi o conhaque e levei o vinho pra casa, minha cigana precisava de um presente. Fodemos um pouco e dormi. Até pouco tempo atrás o peixe era meu companheiro, acabou por acordar de cabeça pra baixo e boiando no balde. Triste, o final sempre é a morte, até mesmo pra mim ou pra sua mãe ou pra você. Nascer, reproduzir e morrer, é igual pra todos os seres vivos do planeta. Nossa espécie não venceu a guerra, muito pelo contrario, abandonou e cometeu suicídio. A essência de animal se tornou uma ilusão de superioridade, acabou-se por permanecer enganado por mitos de criação. Não importa o quê, todos nós viemos de um único ser. Eu amava meu peixe-papagaio, que na verdade nem era meu, era dele próprio e vocês que se fodam aí.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Vai a merda

Depois que nos tornamos aluno, a gente começa a entender os dias da semana, antes não existia diferença entre quinta, terça ou sábado. Embora não exista mesmo diferença real, para um aluno existe. Acho uma merda ser estudante, as despesas são bem maiores em relação à cerveja e cigarros. Para suportar, é necessário deixar o nível mental abaixo do normal, e um pouco acima dos demais para poder permanecer superior. Apenas se quiser continuar vivo. Apesar de tudo, me sinto bem ao saber que tudo vai piorar e essa é a parte menos escrota da vida.
Estava a fuder com uma puta culta, sabe como é que é né? Essas putas que andam por aí grunhindo algo sobre estar na faculdade e ser superior. Superior até mesmo a mim. Raspam a boceta no formato de um moicano, tipo atriz pornô americana. Acham bonito ter uma boceta punk, o que posso fazer? Enfim, estava lá a foder com a garota da xota culta e punk que acha que meu pau vai se tornar viril só ao ver o formato dos pêlos. E o pior é que se torna. Mas quando a garota, culta e de xota com moicano só faz abrir as pernas e fica parecendo um defunto, se torna passível de levar tabefes na orelha. Dei um tabefinho de leve pra ela acordar, mas não levou muito a serio. Dei outro mais forte.

-Você parece uma morta, porra! – Reclamei.
-oooh...
-“oooh” o caralho! – dei outro tapa.
-oooooh
-Ah, vai a merda.

Liguei a tv, tava passando casseta e planeta.

-Rios? O que aconteceu?
-Aconteceu nada.
-Porque parou?
-Porque ta passando casseta e planeta. Se quiser, pode ficar ai chupando.
-Eu não quero.
-Então ta.

Botei-a em cima do meu pau, mas a imbecil não cavalgava, ficava lá parada olhando pra minha cara enquanto eu assistia a tv e ria das piadas idiotas.

-Olha, Rios, isso aqui ta muito estranho.
-Ta mesmo.
-Estou falando serio, você fica ai parado.
-E você também.
-Mas é o homem que mete.
-Minha filha, esses tempos já passaram, só idiota que sai por ai metendo. Se quiser foder, é só pular, vou ficar aqui parado e de pau duro.

Acabei por adormecer. Acordei me sentindo meio estranho. Minha bermuda não era a mesma, pra falar a verdade, nem sabia que tinha ela, e depois percebi que a blusa também era estranha... e a cama, a parede, o armário, o teto, a lâmpada, a janela, o abajur, o apartamento inteiro. Levantei e procurei por vida. Não havia ninguém. Essas coisas só acontecem quando eu bebo demais, e no dia anterior eu bebi apenas algumas latas de cerveja e uma ou duas doses de conhaque. Fui ao banheiro vomitar e escovar os dentes, não necessariamente nessa ordem. Olhei no espelho e vi cabelos grisalhos, rugas, nariz vermelho e outros sintomas de velhice.

-CARAAALHO – gritei.

Procurei minha carteira. Achei, abri. 5 notas de 50 reais, talões de cheque e minha identidade, peguei a puta identidade. Estava lá minha foto, minha assinatura, data de nascimento, 1989. Tinha um jornal velho no banheiro, 2038 a data. Já havia entendido toda a sacanagem, dormi e acordei 30 anos depois. No meu novo quarto, estavam lá, quatro livros de minha autoria, todos juntinhos. O primeiro livro se chamava “Glórias de uma vida inútil”, uma coletânea de contos, 30 contos (inclusive esse). Na sala, um computador velho com um selinho escrito: Pentium 9 50.5GHz, 12.00 GB de Ram. Liguei-o, fez “uoon uoon” e entrou no Windows. Eu ainda não tinha ido ver a cozinha. Nem a janela, estava meio excitado para olhar pra rua e ver os supostos carros futurísticos voadores e com chaminés, chaminés para os fumantes poderem fumar com ar condicionado ligado. Mas não uma chaminé qualquer, ela ia ter alguma tecnologia aí de sucção de fumaça ou sei lá. Que seja, deixei pra ver a janela por ultimo. Fui até a cozinha, a geladeira ficava dentro da parede, o fogão também. Em cima de uns balcões estava cheio de bugigangas, tecnologia meio nazista, meio medieval com um toque extraterrestre. Apertei o botão vermelho escrito “Power” e um sanduíche caiu em um prato que surgiu do nada, depois um suco encheu um copo. Suco de maracujá, meu preferido. Alguém bate na porta, com força e sem paciência. Só poderia ser uma mulher. Homem bate com classe, suave e fazendo musiquinha. Pelo menos eu sou assim, se você não é, problema seu, estou pouco me fodendo pra você. Abri a porta, era uma ruiva, 18 anos, peituda...

-Riooooos!
-Oi. – Respondi.

Agarrou meu pau, entrou e fechou a porta.

-Venha cá meu velho. velho! velho tarado!
-Agora não, tenho que olhar a janela. – falei.

Tentei abrir a janela, empurrei, puxei, mexi em tudo e nada. A garota pegou um controle remoto e abriu a porra. Zioooon, puf.

-Nem deu onze horas ainda e você já está bêbado, seu velho depravado.
-É.

Olhei pra rua, nada demais, só alguns carros com design diferente, mais moderno. E as pessoas também eram meio diferentes, mais modernas, mais deprimentes, talvez. Me abraçou por traz e agarrou meu gigantesco membro.

-Venha cá seu vagabundo.

Tirei pra fora. Mole, viscoso, roxo, eca.

-Vai velhote, põem essa merda pra funcionar. Ta molenga.

Bati de pau mole na cara dela.

-Cala essa boca, sua putinha fudida. Cala a merda da boca! NÃO SOU NENHUM VELHO, PORRA! CALA BOCA!
-ENTÃO, CADE A VIRILIDADE?! VOCÊ É UM VELHO! UM VELHOTE FUDIDO! UM VELHO DE MERDA!

Arranquei-lhe a blusa, vi os gigantescos seios, seio esquerdo delicioso. Senti meu pau levantar um pouco. Tirei a saia, calcinha rosa de algodão. Comecei a esfregar o pau na calcinha.

-Olha que velho deprimente, esfregando o pau no pano! QUE FUDIDO!
-AAAAAAAAAHHH! – gritei!

Rasguei a calcinha, era cabeludinha a xotinha. Estava doido, igual um animal no cio, ou puto, igual a mim mesmo. Meti, esfolei, meti com força e ódio. Gozei e continuei metendo. Ela lá deitada e tremendo de prazer.

-VAI MEU VELHO! POR ISSO QUE SÓ VOCÊ È MEU VELHO. MEU VELHO VIRIL E TARADO!

Dei um tabefe na cara.

-Cala essa boca! Velho é teu pai.

Ora, o que eu estava fazedo? Estava sendo dominado por uma menininha fudidinha, igual a qualquer um.. eu sou o RIOS, PORRA! O GRANDE MITO! HENRIQUE RIOS, CARALHO! Gozei, parei de meter e entrei no banheiro. A vadiazinha entrou junto, pelada e melada.

-Só isso?! Você é um velhote de merda mesmo.
-Não, você que é um lixo, enjoei de você. Sai fora, otária. (Valeu noidão =D)
-Vou te melar de esperma, seu nojento.
-Ah, vai a merda.

Entrei lá no chuveiro. Não tinha torneira. Fiquei mexendo, cutucando, dei tapinha e nada de cair água.

-Mas olha que velho idiota, nem sabe ligar o chuveiro. Pressiona logo a porra do piso.

Pisei num azulejo meio volumoso no chão. A água começou a cair. A água já vinha ensaboada, depois era só apertar de novo o piso e ela vinha sem sabão, e se apertar pela terceira vez, não sei o que acontece, talvez venha sem sabão novamente ou simplesmente desligue. Terminei, deixei a imbecil lá e saí, levei uma bafora de ar quente e fiquei seco. Me vesti, deitei na cama. A única coisa que não tem na casa é televisão.. onde está a merda da tv? pensei. Levantei-me e peguei o controle remoto que a garota usou pra abrir a janela. Apertei todos os botões, a casa tava viva, socorro. As janelas começaram a abrir e fechar, a sétima sinfonia de bethoveen ecoava pela casa, as luzes piscavam e a parede virou uma tv gigante. A garota saiu do banheiro assustada.

-Mas que porra é que ta acontecendo aqui?! – gritou a ruiva.
-Está acontecendo nada, relaxe.
-Me da a merda do controle, velho doente mental.

Pegou o controle e ajeitou tudo.

-Deixa o beethoven ai baixinho e liga a tv, sua ordinária.
-Não.

Se vestiu, ajeitou o cabelo e foi embora. Sai apertando de novo todos os botões e a casa voltou a se revoltar contra mim. Taquei o maldito controle pela janela, peguei uma lata de cerveja na geladeira, bebi e deitei na cama. Fechei os olhos e tomei uma bofetada.

-Você estava dormindo?! Estava sim! Estava dormindo, Rios, seu escroto!
-Quê?!
-Que grande sacana você é! Dormindo enquanto trepa!
-Ah, é você aí ainda. Porra, você não sabe trepar, não é a toa que eu acabei cochilando.
-Que porra é essa, Rios, você ai de pau duro enquanto dorme, você é um anormal.
-Virilidade pura. Fica dura até mesmo com essa sua xota feiosa aí, xota punk!
-Vai a merda, Rios.
-Só pra você não sair por aí falando que sou um fudido, vou meter até estourar seu fígado.

Meti da forma mais animalesca possível, gozei, e ela também. Foi-se embora e eu dormi. Foda-se.

terça-feira, 18 de março de 2008

Virei estudante.

Embora seja um saco, voltei a ser aluno. Aluno de uns bostas. Um aluno bosta. Prefiro ficar em casa ouvindo Frank Zappa, até mesmo Carlinhos Brown é mais suportável. Acordo às 6 horas da manhã, tomo banho, vomito, me apronto e pego ônibus. Chego sempre atrasado e com cara de filho da puta, ao redor só se pode perceber dois tipos de gente: idiotas filhos da puta e filhos da puta idiotas e mal conseguimos ver os órgãos sexuais das garotas. Depois de ver e ouvir tanta merda, chego em casa e tento escrever qualquer coisa, mas lembro que as idéias só chegam de madrugada. A madrugada é um mito para mim, durmo às 10:30. Fodeu... esse é o sacrificio que se tem que fazer para conseguir morrer devagar. Acho que ninguem descobriu ainda que um dia morre. Por favor, não raspem suas xanas.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Uma foda estranha num cemitério de indigentes.

Estava sentado numa cadeira amarela em um barzinho de esquina. Ninguém conhecido por perto. Ficar só é muito bom. Comprei uma dose de conhaque e uma garrafa de cerveja pra acompanhar. Havia uma garota, morena, magra. Muito magra, parecia ser aidética. Permanecia parada, sentada, me olhando. Não parava de olhar. A cabeça não se movia e nem os olhos, aparentava ser um defunto.

-Quer trepar comigo é? – Perguntei.
-Não. – Respondeu a garota.
-Então porque ta olhando pra mim?
-Porque eu quero.

Levantou-se da cadeira e sentou ao meu lado. Permaneceu fitando. Entrei em desespero, mas não demonstrei.

-Guarde sua loucura pra você. – falei.
-Não sou louca. – Sempre respondendo friamente.
-Então, que porra você é?!
-Sou tipo gótica.
-Ah, todos esses retardados que se chamam e são chamados de góticos não passam de uns chupadores de pica.
-Não chupo pica. E você? Que porra é você?
-Sou tipo um deus.
-E o que faz pra ganhar dinheiro.
-Nada.
-E como vive?
-Sou tipo um deus.

Um silêncio constrangedor tomou conta do local. Constrangedor pelo menos pra mim, ela não tirava seus olhos mórbidos de cima.

-Porque você não tira o olho de mim? - Perguntei
-Não sei. Você é estranho.
-Você é muito mais.
-E você é uma fraude. Não é um deus coisa nenhuma.
-Ah.
-Quer beber um vinho?
-Quero.

Segurou meus cabelos e deu um beijo no rosto. Segurei os dela e dei-lhe um beijo na boca. Abri os olhos no meio do ato, ela estava me olhando, ainda com aquela cara de lesma morta. Recolhi minha língua e encostei as costas na cadeira.

-Porque fez isso? – Perguntou a garota.
-Porque eu tava afim.
-E porque não me perguntou se podia?
-Se você pode me beijar no rosto, eu também posso.
-Te beijei no rosto e não na boca.
-E a boca fica aonde? No rosto.
-Ainda quer tomar um vinho?
-Sim. Mas para de ficar me olhando assim, parecendo uma doida.
-Tá.
-Cadê o vinho?
-No meu carro.

Levantamos e nos dirigimos até o veículo. Sentou-se no banco e ligou o carro.

-Entra. – Falou.

Entrei. Ela acelerou e saímos.

-Cadê o vinho? Não tem vinho coisa nenhuma, você quer é trepar comigo.
-Não quero trepar com você.
-E o que quer comigo?
-Quero beber um vinho com você.
-Porquê?
-Porque eu decidi que quero.

Tirou o vinho de debaixo do banco. Não qualquer vinho, era um vinho do porto.

-Ai está o vinho.
-Tou vendo. – respondi
-Ta vendo? Não quero trepar com você.
-O que tem haver uma coisa com outra?
-Eu tenho um vinho. Não quero trepar com você.
-Ah. Então tá. Você tem um vinho.
-Sim.
-Mas você quer trepar sim comigo, não tem taças.

Abriu o porta-luvas e tirou duas taças.

-Tá vendo? Eu tenho as taças, não quero trepar com você.
-Puta que pariu.
-Quê?
-Ainda acho que você quer trepar comigo.
-Sinto muito, mas está enganado.

Paramos na frente de um cemitério.

-Já sei qual é a sua. – Falei. –Você quer trepar comigo depois me matar e enterrar ai junto com esses mortos fedidos.
-Não quero trepar com você.

Saímos do carro e entramos no cemitério, sentou-se numa lápide, abriu o vinho e derramou nas taças. Acendi um cigarro e peguei uma taça, dei uma golada e permaneci em pé.

-Isso é muito idiota. – Falei. -Ficar aqui bebendo vinho em cima de uma lápide num cemitério vagabundo de indigentes.
-Não acho.
-Olha, já tou de saco cheio de você. Se você não quer trepar, eu quero.
Agarrei pelos cabelos e taquei-lhe outro beijo, apertei os seios, botei um pra fora e mordi. Tirei a calcinha e passei os dedos pela buceta. Não tinha pêlos. Odeio bucetas carecas. Mulheres! Por favor, me lembrem que eu não estou fodendo com uma criança. Não raspem por completo. Queria ter vivido a década de 70. A garota ainda com aquela cara retardada de lesma morta, fingindo ser deprimida, não sei pra quê. Deixava eu fazer o que queria sem nem expressar algo ou sei lá. Senti-me um estuprador, um monstro, mas não pude deixar de meter. Meti. Ela não gemia, não gritava, não fazia nada. Parecia um defunto.

-Porra, você ta levando 20 centímetros de pica e fica ai com essa sua cara de nada.
-Cara de nada? – se pôs a sorrir.
-É. Essa sua cara ai de nada. Agora ta melhorando, até sorriu.
-Sorrir é uma merda.
-Uma merda é essa sua cara ai. Cara de lesma morta.

Se pôs a sorrir novamente. Gozei. Um coveiro velho apareceu. Cuspindo no chão e coçando a sua bengala.

-Que putaria é essa? – perguntou o velho.
-Já terminou.
-Terminou nada, acabei de chegar.
-Boa sorte, então.
-Não deixa esse velho encostar em mim... Rios. – Falou a garota.
-Rios? Como sabe meu nome?!
-Todos sabem seu nome, você é meio famoso.
-Tá. Vamos embora.

Vestiu a calcinha e levantou. O velho veio balançando a bengala de um lado para o outro.

-Ei, guarda essa porra ai. – Falei.
-Vá embora rapaz, agora é minha vez.
-Sua vez o caralho.
-È minha vez sim.

Agarrou a aidética e começou a esfregar o seu órgão sexual. Parecia um cachorro no cio. Até babou. Acertei um soco no crânio do velho. Caiu no chão e ficou lá.

-Obrigada.
-De nada – Respondi.

Saímos do meio dos mortos indigentes e entramos no carro.

-Aonde nós vamos terminar essa trepada? – Perguntei.
-Eu não quero trepar com você.
-Mas eu quero. Olha pra cá.

Tirei pra fora minha tiromba.

-Olha, ele está latejando por você. – falei.
-Você é a única pessoa que presta no mundo, Rios. – Sorriu.
-Sim, deixa eu te foder.
-Eu deixo, mas não quero.
-Tem que querer.
-Porquê?
-Porque senão não tem graça, porra.
-Não tem graça de jeito nenhum.
-Então queira ai pra você ver se não vai ter graça.
-Não estou afim de querer.
-Então, vai tomar no cu.
-Ainda gosto de você..
-Gosta nada.

Sai do carro e fui pra casa. Era pra ter sido mais legal com a garota, nem perguntei o nome. No dia seguinte, o telefone tocou.

-Meu nome é Roberta.
-Não conheço nenhuma roberta.
-A garota de ontem.
-Ontem foi um dia longo.
-Do cemitério.
-Qual cemitério?
-O de indigentes que tem um velho tarado.
-Ah. Quer trepar comigo?
-Não. Mas quero tomar um vinho.
-Tá, escolha ai um cemitério.
-Na minha casa é melhor.
-É mesmo.

Anotei o endereço e fui até lá. Tomamos um vinho, trepamos e depois dormimos.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Deus só existe na sua cabeça.

A música saia das caixas de som do melhor bar de Salvador, enquanto eu me mantinha bebendo doses de conhaque acompanhado de um copo de cerveja e discutindo com o Alex como a vida seria uma merda se Deus não inventasse a cerveja.

-Tudo se resume a merda de qualquer jeito, com cerveja ou não. – disse eu.
-Sim, mas e se não existisse cerveja?
-Beberíamos outra coisa.
-Não tem outra coisa pra beber.
-Seria mesmo uma merda se não existisse sol.
-Não, seria uma maravilha, a cerveja nunca ia esquentar.
-Acho que não é o sol que esquenta a cerveja.
-E é o que esquenta a cerveja então?
-É o núcleo da terra.
-E o sol serve pra que?
-Serve pras plantas fazerem fotossíntese e pra nos fazer comprar óculos escuros.
-Deus é mesmo um sacana, cria o sol só pra nos dar problema.
-Deus nem existe.
-E quem criou o sol, então? Claro que deus existe. Tem que existir.
-O sol já existia antes mesmo de alguém criar um Deus que criou o sol.
-Rios, você é o cara mais gênio que eu conheço.
-Sim, mas eu prefiro ser uma tartaruga.

Dei um gole no conhaque e acendi um cigarro. Senti meu coração palpitar e vi uma luz branca descendo do céu, pensei que fosse um ufo, mas estava enganado, era a luz divina. O tempo parou, todas as pessoas dentro do bar ficaram imóveis. Um homem vestido de branco e cabelos compridos tocou meu ombro.

-Quem é você? – perguntei.
-Eu? Eu sou Jesús.
-HÁ! Sempre soube que você não era negro.
-Na verdade eu sou o que eu quiser.
-Então, o que te traz aqui?
-O chefe quer conversar com você.
-Seu pai?
-Não, ele não é meu pai.
-Claro que é, ele é pai de todos.
-Meu pai se chama José.
-Ah, me responde só mais uma dúvida.
-Diga.
-É sobre a Maria.
-Minha mãe?
-Não, a Madalena.
-O que tem ela?
-Ela era mesmo uma prostituta? Você não casou com ela? Nem namorou ou sei la?
-Ela era uma das minhas seguidoras, e era feia demais pra algum homem querer namorar.
-E porque dizem que ela era uma prostituta?
-Dizem isso?
-Você não sabia?
-Não, faz dois mil anos que não venho a terra.
-Ah, acho que não aconteceu nada de bom durante esse tempo.
-É porque não quis vim pra cá de novo.
-Porque não, cara?
-De tanto eu pregar, acabei sendo pregado. Não quero que isso se repita.
-Ah, é verdade, eu também não volto pra um lugar que não sou bem vindo. O que o chefe quer conversar comigo?
-Não sei, ele mandou só eu te chamar.
-E como faz pra falar com ele?
-É só segurar minha mão.

Segurei na mão de Jesús e quando pisquei o olho, já estava no paraíso, um velho barbudo me olhava.

-Zeus? – Perguntei.
-Não, Jeová.
-Me desculpe, mas sou ateu.
-Está perdoado.
-Não, você não pode me perdoar, você não é Deus. Eu sou ateu.
-Mas não acredita no que ver?
-Acredito que estou vendo um velho.
-Você consegue ser pior que o Tomé.
-Sim, mas não bebo como ele.
-Você bebe muito mais que ele e é muito mais ateu que ele.
-Então você me chamou aqui pra ser um santo? Tipo São Rios?
-Não existe santo.
-Acredito que no paraíso não tem cigarro, cerveja e nem ruivas né?
-Temos ruivas, mas quando estiver aqui, não vai sentir esse tipo de necessidade.
-Eu nem acredito que estou aqui e acredito que se existir um lugar como esse, as necessidades não serão esquecidas.
-Eu te chamei aqui pra você ser o novo Messias.
-Não, obrigado.
-Porque não quer?
-O ultimo acabou pregado, mas eu aceito ser São Rios.
-Já disse que não existe santo, eu sou o único que tem que ser adorado. – Falou em um tom agressivo.
-Você devia era se preocupar com outras coisas.
-Eu me preocupo com tudo.
-Então porque não resolve os problemas da humanidade? Porque deixa toda merda acontecer?
-Se chama livre arbítrio, a humanidade faz o que quer, e eles criaram todos os problemas.
-Livre arbítrio? Chama de livre arbítrio ter que te adorar pra poder vim pra o paraíso?
-Na verdade, pra vir pro céu, tem que ser mórmon.
-Pra ir pro céu, precisa ser piloto de avião. E eu vou processar o dono do bar que colocou drogas na minha cerveja.
-Tem certeza que não quer ser o Messias? Vai pro inferno se não aceitar.
-Vou pro inferno nada, eu viro Mórmon.
-Vai pro inferno do mesmo jeito.
-Lá tem cerveja, ruivas e cigarros?
-Não sei, nunca fui lá.
-Tá. Me leva de volta.

Pisquei e estava ainda no bar, conversando com o Alex. Uma ruiva sentou ao meu lado.

-Você é o Rios?
-Sim.
-Me da um autografo? Adoro seus contos.
-E eu adoro esses seus seios, principalmente o esquerdo.
-Porque o esquerdo?
-Porque é o mais redondo.

Apalpou o seio esquerdo e o direito.

-Não, eles me parecem iguais.
-Vem aqui no banheiro comigo que vou te mostrar que não são.
-Porque no banheiro?
-Porque tem espelho. Como é seu nome?
-Madalena.

Entrei no banheiro e tranquei a porta. Tirei a blusa da garota e mostrei a ela que o esquerdo era mais redondo que o direito.

-Nossa, é verdade, são diferente. Nunca reparei isso.
-Sim, vou te mostrar uma coisa também que ninguém repara.
-O que?
-O meu ovo esquerdo é maior que o direito.

Abaixei as calcas e mostrei o meu gigantesco, avantajado, grotesco e palpitante órgão sexual.

-Nossa, o esquerdo é maior mesmo.
-Sim.
-E esse seu pau ai é o maior que eu já vi.
-Sim, e tem gente que chupa.

Ajoelhou-se e começou a chupar. Depois despi por completo a minha cópula e meti. Foi a melhor foda da minha vida.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Pinturas de um decadente por uma artista em decadencia

São quatro e meia da manhã, como sempre, os gatos, lixeiros e ladrões não me deixam dormir. Pego uma garrafa de wisky e engulo três doses, talvez cinco, mas mesmo assim não durmo. Malditos sejam esses gatos que não param de gritar por uma copulada, ladrões que sonham com galinhas e lixeiros que não acham comida. Ás cinco horas é a vez dos passarinhos me torrarem o saco,mas com algumas doses e duas músicas de Tchaikovsky e seus cisnes irei dormir, ao mesmo tempo que os trabalhadores acordam, sentem inveja e resmungam “ele está bêbado novamente”, eles não querem acordar na segunda enquanto eu tento dormir.

-Tem gente ganhando dinheiro lá fora. – falo pro meu travesseiro. -Advogados, juizes, carpinteiros e até mesmo professores.

Ferro no sono ou pelo menos penso: “como é bom dormir”, as dez o telefone toca e me assusta, não um susto que provêm da mudança do silêncio pra uma barulheira imprevisível, era o susto de saber que existe gente idiota que liga pra mim as dez no meio do término da minha insônia.

-Alô?
-Rios? É o Maurício.
-Não perguntei seu nome. Foda-se e tome no cu, estou dormindo.
-Não está dormindo não.
-Estou sim, tchau. – desliguei.

Depois de duas horas, acordo com alguém batendo em minha porta da rua.

-Vá-se embora – disse eu
-É a Renata.
-Está bem. Espera um minuto.

Vesti uma blusa e uma calça antes de abrir a porta depois fui correndo ao banheiro e vomitei.

-Está doente? Se quiser vou embora.
-Não, está tudo bem, eu sempre acordo neste estado.
-Eu não posso ficar, mas queria te pedir uma coisa.
-Diga.
-Sou pintora, quero pintar seu retrato.
-Tá certo.
-Mas tem que ser na minha casa, não tenho stúdio. Você se importa?
-Não.

Anotei o endereço de sua residência e as instruções de como chegar.

-Mas tente estar lá ás duas da tarte.
-Estarei lá.

Voltei a dormir e às duas da tarde eu já estava sentado de frente pra Renata, entre nós havia uma enorme tela. Se pôs a trabalhar com o auxilio de inúmeros pinceis e tintas, eu a observei e ela também me observou com seus olhos grandes e castanhos, o olho esquerdo era deficiente, do tipo que se desacerta com o outro, mas me agradava. O tempo passou devagar e eu acabei entrando em transe.

-Melhor darmos uma pausa, quer uma cerveja? – perguntou Renata.
-Ótimo.

Quando se levantou pra ir à geladeira, eu a segui. Abriu a porta e tirou uma lata, virou-se pra mim, eu a agarrei pela cintura e dei um beijo. Me empurrou.

-Melhor voltarmos ao trabalho. – disse ela.

Voltamos a sentar, bebi minha cerveja enquanto Renata saboreava um cigarro barato. A tela ainda estava entre nós.
A campainha soou. Renata levantou-se e abriu a porta. Uma gorda entrou e sentou-se.

-Essa é a Camila, minha irmã. – disse Renata.
-Olá. – cumprimentei.

A camila é o tipo de pessoa que não tem noção de tempo nem de nada, começou a falar sem parar, mesmo depois de eu ter renunciado a ouvi-la, ela continuou a falar por horas.

-Ei, quando é que você vai embora? – perguntei.

Depois teve inicio a uma briga entre as irmãs, estavam ambas de pé e começaram a se comunicar em um tom agressivo, se ameaçavam usando as mãos, sinalizando uma possível agressão física. Pra minha alegria, Camila virou-se, atravessou a porta e desapareceu. Voltamos ao trabalho, sentei-me e permaneci parado. No outro intervalo levantei-me e fui até a geladeira pegar uma cerveja, Renata me acompanhou. Peguei a cerveja, virei-me e a beijei. Foi um beijo demorado, o mais demorado que eu consegui com ela. Comecei a roçar meu pau em sua buceta, ela me empurrou, mas eu continuei roçando até ela pegar minha mão e levar pra dentro de sua calcinha, passei os dedos em sua buceta, era uma buceta enorme.

-Escuta, eu sei qual é o seu problema. – disse eu.
-Qual é?
-Esquece, não quero te magoar.
-Não, agora eu quero saber.
-Você tem uma buceta grande demais.

Renata se sentou em silencio e voltou a pintar. Depois levantou-se, abaixou a calça, abaixou a calcinha e pôs a buceta pra olhar pra mim.

-Ok seu sacana, vou te mostrar que está enganado.

Tirei as calças e comecei a meter, em pé, perto da janela, depois deitei-a no sofá e meti sem parar. Gozou.

-Viu? – perguntou Renata.
-Sim, muito grande.
-Seu filho da puta.
-Mas eu gosto de grande.
-E porque falou que era um problema?
-Falei que era o seu problema.
-Haha! Você é mesmo um filho da puta. Vamos voltar ao trabalho.
-Não, cansei, talvez amanhã.
-Tá, mas antes de ir embora, veja como está a pintura.
-Não disse que ia embora, só disse pra continuarmos amanhã.
-Melhor ir embora, meu marido pode chegar.
-Ok.
-Olha a pintura, porra.
-Tá certo.

Olhei a pintura, estava boa, parecia mesmo comigo.

-Está muito bom. – Falei.
-Amanhã já da pra terminar.
-Então passarei aqui amanhã, às duas da tarde.
-Estarei esperando.

Sai e fui pra casa. O marido da Renata chega a sua moradia, cansado do trabalho e doido pra pular nos braços da esposa ou entre suas pernas, mas se depara com o quadro no meio da sala.

-Ei, mulher, porque você ta pintando o Rios? – pergunta o marido
-Você conhece o Rios?
-Sim, ele é famoso.
-É. Me pagou pra fazer um retrato dele.
-Ah é?
-É.
-E que cheiro de pica é esse?
-Deve estar vindo de você, é o único de nós dois que tem uma.
-O Rios está te dando umas pinceladas como pagamento?
-Ah, você está pensando que eu e o Rios estamos transando é? Ele é feio pra cacete, não daria uma com ele nem se fosse o ultimo na face da terra.
-Na verdade eu estava pensando em quem fica por cima.
-Seu filho da puta! a minha bucetinha é só sua.
-Bucetona, você quer dizer.
-Bucetona nada!
-Bucetona sim! É a maior que eu já vi na vida.
-Não acho que você tenha visto muitas bucetas na vida.
-Já vi muitas sim, mas duvido que tenhas visto uma pica maior que a minha.

Tirou o pau pra fora, balançou e rodou como se fosse um ventilador.

-Isso eu tenho que admitir, nunca vi uma maior. Consegue manter ela dura durante três horas pra eu pinta-la?
-Claro que não! Nenhum homem consegue, nem o mais tarado de todos.
-Ah, você é um fodido.
-Fodido é o caralho, venha cá preu te mostrar o fodido.
-Não quero ver seu cu.
-Sua puta, vou te lascar no meio.

Abaixou sua calcinha e começou a meter.
Acordei às duas e meia, já estava atrasado, consegui me apressar e cheguei na casa da Renata às três e quinze.

-O capitalismo roubou minha virgindade. – comentou Renata.
-Como assim? Não vou pagar nada não! E você era virgem? Uma virgem com uma buceta desse tamanho?
-Claro que não, só estou falando uma frase que li ontem.
-Ah.

Terminamos a pintura, demos uma foda e voltei pra casa com o quadro na mão. Pendurei a obra de arte na parede do meu quarto e tentei dormir, agora está dando pra dar uma boa dormida. Dormi.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Ascensão de um macho alfa

Maurício, um cara meio alto e meio magro, talvez meio loiro depois de ter ficado meio careca devido aos quarenta anos que carrega nas costas. Quando completava vinte pensava de uma maneira totalmente diferente, mas quem não muda depois dos 30? Apenas uma coisa não se difere de antigamente, ainda acha que filhos são a desgraça da vida, para alguém que vivia repetindo que tinha medo de ter filhos e algum dia morrer pelas mãos de um deles, ter logo uma filha é realmente foda. Uma filha traumatiza qualquer louco que tenha medo de ser morto por filhos, ruim mesmo é quando completam 16 e começam a namorar os vagabundos, mas pode piorar quando não só namoram como também querem trazê-los para casa. Você pode pensar que uma visitinha de um namoradinho vagabundo da filha não faz mal nenhum, mas até começarem a morar em sua residência, mandar sua esposa lavar as cuecas e te chamar de alguma gíria adolescente, você vai mudar de idéia. Esses fatos fariam qualquer pessoa normal enlouquecer e dar uma marretada na cabeça do filho da puta, mas não Maurício, ele já havia perdido os culhões há muito tempo ou talvez nunca tenha possuído um.
Segunda feira é o dia do capeta e como prova disso foi numa segunda que Rita, aos 16, trouxe pra casa seu novo namorado e foi também numa segunda, na verdade a mesma segunda que Maurício foi despedido do emprego, fazia hora extra, se matava dia e noite e até nos fins de semana só pra dar dinheiro a um filho da puta que nunca viu na vida e como recompensa é despedido por uma justa causa que nem foi tão justa assim. Chegar em casa com uma notícia dessa era demais, se quando tinha um bom emprego como arquiteto de uma empresa respeitável a filha e a esposa já o achavam um fodido, o que iriam pensar agora?
Abriu a porta e se depara com um elemento peculiar, usava boné pra trás e tinha cabelo grande, maior do que o que ele possuía quando ainda era moço.

-Iaê maluco.- Fala o estranho.
-Quem é você?
-Namorado da Rita.
-Namorado? E porque não fiquei sabendo que você existia antes?
-Sei lá.

Maria, sua esposa estava no quarto assistindo novela, a porta abre dando espaço pra seu marido que destinou a família à uma vida de merda.

-Ei, tem um cara lá na sala dizendo que é namorado da Rita.
-É, eu sei.
-Você sabe? E porque eu nunca soube?
-Porque você nunca perguntou.
-E precisa?
-Qual foi a ultima vez que você se preocupou com a vida de sua filha?
-Eu me preocupo sempre.
-Não, você passa o dia todo trabalhando.
-Ah é? Então agora acho que não vamos ter mais esses problemas clichês. Me botaram pra fora.
-Quê?
-Fui despedido, vou ficar o dia todo em casa.
-E vai viver de que? Luz?
-Não, depois arrumo outro emprego.
-Vai se foder.
-Fale direito comigo, ainda sou o homem dessa casa.
-Ah, não me enche o saco, a novela começou.
-Cadê Rita?
-Tá tomando banho, não viu o banheiro fechado e o barulho do chuveiro que você ainda não consertou?
-Depois eu dou um jeito.
-Depois? Porque ainda ta ai parado com essa cara de viado? Porque não vai achar um jeito de ganhar dinheiro?
-Ei amor, depois eu dou um jeito em tudo.
-“Ei amor” o caralho, você é um filho da puta. Me diz, qual foi a ultima vez que você me deu um orgasmo?
-Ontem.
-Não, não foi ontem. Ontem foi o dia que você conseguiu o recorde mundial.
-Como assim?
-Puta merda, você meteu por menos de 1 minuto.
-Ah. Vou tomar um banho.

Saiu do quarto ao mesmo tempo que sua filha estava saindo do banheiro, com um vestido de vadia, maquiagem de vadia e cara de vadia.

-Ei, pra onde está indo?
-Não é da sua conta, pai.

Beijou o namorado e ambos foram embora. Maurício entra no quarto novamente.

-Ainda não arrumou um emprego? – fala a mulher.
-Não.
-Olha, não estou agüentando mais você. Quero divorcio.
-Eu acabei de perder o emprego, minha filha acabou de sair pra algum lugar que não faço a mínima idéia de que lugar seja com um cara que também não faço a mínima idéia de quem é, e você agora quer divorcio?
-Sim, arrume suas coisas e dê o fora daqui.
-E vou pra onde?
-Pra onde quiser.
-Mas essa casa aqui é minha.
-Não é mais.
-Ok.

Foi na sala, pegou o telefone e ligou para o Rios, ou seja, eu.

-Alô? Rios?
-Sim.
-Quer tomar uma cerveja?
-Já estou tomando.
-Aonde?
-Você ligou pra minha casa, devo estar em casa, né?
-É verdade.
-Mas, quem é que ta falando?
-Maurício, porra.
-Ah, é você, cara? Faz tempo que não te vejo.
-Sim.
-E porque ta ligando agora?
-Porque estou na merda e quero beber com alguém que sempre viveu na merda.
-Ah é? Então tome no cu e se foda. – desliguei.

O telefone toca novamente

-Maurício, você não pode sair ofendendo os outros assim.
-Tá, desculpe.
-Me traga um cigarro, duas ruivas e umas cervejas que eu te desculpo.
-Ok.
-Ei, porquê você está na merda? sempre foi o cara mais estudioso da turma, casou-se cedo e tem uma filha linda.
-Vou te dizer porque estou na merda.. Perdi meu emprego, minha mulher reclama da vida sexual, diz que eu sou um fudido e quer divorcio, minha filha acabou de sair com roupa de vadia e com o namorado vagabundo que tem cara de rock star.
-Como era a roupa dela?
-Era um vestido preto com um tecido que parece com couro todo grudado no corpo e um decote maior do que a sua bunda.
-Maurício, acho que tive uma ereção.
-Vai se foder, Rios.
-Seguinte cara, isso é fácil de resolver.
-Ah é?
-Sim, dê um tabefe bem no meio da cara da sua mulher e emprego você arruma outro.
-Faltou um problema.
-Ah, você me da o numero do celular da Rita que eu resolvo.
-Rios, ela só tem 15 anos, da pra parar de ser depravado um pouco?
-Não Maurício, ela tem 16.
-16? Como sabe?
-Eu estava lá contigo quando ela nasceu há 16 anos atrás. Estou pedindo o celular dela pra RESOLVER o problema e não criar outro, seu retardado.
-Você vai conversar com minha filha?
-Vou.
-Não, não vai. Se eu te der o numero do celular, no outro dia, ela aparece grávida.
-Estou te esperando em minha casa, não esqueça de dar um tapa na mulher.
-Não posso bater na minha mulher.
-Porque não?
-Porque ela é minha mulher!
-Eu acho que você que é mulher dela.
-Pare de falar besteira, eu ainda sou o macho alfa, e a minha casa é meu território. O problema é que eles ainda não descobriram isso ou se esqueceram.
-Você pode ser um macho alfa, alfabetizado, mas não um alfa do tipo que a gente ver nos documentários sobre a vida selvagem do discovery channel ou de qualquer outro canal parecido.
-Não, eu sou um macho alfa.
-Não, não é, eu tenho um computador agora, sabia? Tem até internet nele, estou, nesse momento pesquisando no google sobre machos alfas, vou ler pra você: “O macho alfa tem força, habilidade para caça, facilidade para tomar decisões, personalidade marcante e bravura.”, Você tem alguma dessas qualidades?
-Claro, sou um macho alfa de primeira.
-Não, não é, vou ler o resto: “É o primeiro a se alimentar e possui primazia na cópula e escolha das fêmeas. O macho alfa frequentemente demonstra seu domínio rosnando, mordendo, perseguindo, dilacerando, ou descansando sobre outros animais, até que sua superioridade seja posta a prova por algum outro integrante do grupo que, se vencê-lo no embate, passa a assumir sua posição.”, você rosna pro namoradinho da Rita? morde sua mulher? não! você é um fodido.
-Obrigado, Rios, não vou ser nenhum otário, terei que tomar uma atitude.
-Espera, não vá fazer nenhuma besteira.
-Que tipo de besteira?
-Do tipo Shakespeariana, que todos morrem no final.
-Para de falar besteira, Rios, eu decidi que não serei mais nenhum otário de agora em diante.
-Boa sorte, então. Tchau. – desliguei.

Maurício entra no quarto e sua mulher o olha com um olhar sombrio e penetrante que outrora o fazia murchar os testículos.

-Porque você simplesmente não morre? – fala a mulher.
-E porque você não cala essa boca e chupa minha pica?
-Faz tempo que não fala assim comigo, o que houve? Andou conversando novamente com aquele Rios?
-Não.
-Você é ridículo, some da minha frente.
-Vou te dar um tapa se não começar a me respeitar.
-Você não tem culhões pra isso.

Deu-lhe um soco bem no meio do nariz e a coitada cai no chão ensangüentada, levanta-se vagarosamente, faz uma cara de puta e solta um gemido de prazer.

-Que porra é essa?! – Pergunta Maurício.
-Aiii – Outro gemido de prazer.
-Você gostou de apanhar? sua depravada.
-Não, te imploro, não volte a me bater, aiiaiaiaiai.

Agora a esposa tomou um tapa que a faz cair na cama de pernas abertas, a vadia ainda se pôs a fingir um desmaio.

-Você não estava reclamando que não te fodo direito? agora vai implorar pra não ser fodida nunca mais.

Rasgou a blusa, rasgou a calcinha e começou a meter igual a um animal, tapas e murros não foram poupados, o segredo para chegar ao orgasmo estava nos mamilos da mulher, era apenas apertar e pronto. Depois de uma foda bem dada com direito a 4 ou 5 gozadas, Maria cai no sono sabendo que não iria poder sair na rua por pelo menos 2 meses porém estava satisfeita com o desempenho sexual do marido. Maurício, que também já havia ferrado no sono, acorda ao som de pancadas que pareciam ser de socos no crânio.

-De onde vem essa zoada?

A esposa permanece quieta, Maurício se levanta, vai até a sala e se depara com a filha cavalgando no pau de um vagabundo enquanto lhe enchia a cara de murros. Sem perder tempo, ele arrasta a filha de cima do pau e a joga no chão.

-Te criei pra ser uma mulher e não uma vadia igual sua mãe.
-Problema seu.

A pequena puta cai no chão pelada ao receber um tapa no meio da cara que fica destacada em vermelho pelos cinco e grossos dedos do pai.

-Pai, você nunca me bateu. Vou ficar deformada.
-Problema seu.

O vagabundo ainda estava deitado no sofá de pau duro porém aparentava ter perdido a consciência por drogas ou talvez pelos socos que ganhara da Rita. Maurício o arrasta pelos cabelos e o joga na rua, pelado e de pau duro.

-Ele é muito melhor que você. – diz a filha.
-Pelo menos meu pau é maior.
-Você me da nojo.
-Se não calar a boca eu te deixo tetraplégica.

Entrou no quarto e voltou a dormir. Depois de um tempo pondo em pratica meus conselhos, Maurício tornou-se um macho alfa de primeira, passava o dia todo dormindo, bebendo cerveja e vendo televisão enquanto a esposa trabalhava pra por comida na mesa da família e a filha estudava em um colégio de freira, suas notas tinham que ser boas, afinal, algum dia iria precisar de dinheiro pra sustentar um marido.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Glória em uma vida inútil.

Aluguei um apartamento com dois quartos, uma cozinha, um banheiro e uma pequena sala, era um lugar perfeito que deveria valer pelo menos o dobro do preço que propus pagar, e o melhor é que ainda vinha mobiliado. Chamei alguns amigos para conhecer o novo lar e se embriagar, na verdade, a única finalidade era beber. Márcio aparece com seu calhambeque e duas garotas, uma delas era sua namorada, sobe as escadas e bate na porta. Levantei-me do sofá e abri apenas de short, um short que costumava usar para dormir. Márcio estava abraçado com as duas e segurando uma garrafa de wisky , uma das garotas era sua fiel companheira, loira com cara de alicate, seios empinados e sem sutiam, a outra, era uma baixinha ruiva que já estava bêbada e mal conseguia ficar de pé, me lembrava uma japonesa, mas não tinha olhos puxados, acho que era sua cara amassada ou sei la.

-Ei Rios, trouxe um presente pra você. – falou Márcio
-Ah, obrigado. – tomei sua garrafa de wisky e dei duas goladas. –Tem um cigarro ai também?
-Estava me referindo a garota.
-Sua namorada ou essa outra ai?
-Essa outra aqui.
-Mas você trouxe ela pra mim?
-É.
-E ela vai querer?
-Sei lá, esqueci de perguntar.
-Ei garota, você está bem? – cutuquei a testa dela.
-mmmwmamnino.. –Respondeu a bêbada.
-Quê?!
-Blurp!
-Ei, se for vomitar, que vomite na casa do caralho. Cacete, Márcio, quem é essa garota?
-A achei dormindo lá nas escadas do meu prédio.
-E você trás pra cá?
-Sim.

A garota deu alguns passos, chegou na janela e vomitou.

-CARAAAAAAALHO!! – Gritei -Mal cheguei aqui e os vizinhos já vão fazer abaixo assinado pra me despejar.
-Calma Rios, nem vão saber que foi daqui.

Fui até a janela.

-Ufa, ainda bem que a porra só melou o seu carro.
-Meu carro?!
-Sim, seu calhambeque.
-CARAAAAAAALHO!! – Gritou Márcio.
-Calma Márcio, é só levar em qualquer posto de gasolina desses ai que vem um cara e limpa tudo.
-Vou matar essa vadia!

Foi se aproximando do projeto de ruiva, seus olhos estavam em brasa devido ao extremo ódio.
Ploft
A garota cai no chão e permanece lá.

-Nossa! Você matou a menina. – falei.
-Nem toquei nela!!
-Mas matou! Ela ta morta!
-Não matei, nem mesmo cheguei perto!

Olhei para o sofá e lá estava a loira deitada de cara enfiada em uma das almofadas.

-EI, SUA MULHER TA MORTA TAMBÉM!
-Fodeu!!
-Fodeu o caralho! Leva esses corpos daqui, você que trouxe, você se vira!
-Cacete, eu ia dar minha primeira foda com ela agora.
-Você nunca fodeu com essa puta ai?!
-Não.
-Ainda da tempo.
-Vai se foder, Rios.
-mmmwooamomwo – murmurou a ruiva.
-TA VIVA! VIVAA! – gritei.
-Que gritaria de maluco é essa? – Perguntou a loira.
-Cacete, vocês não estavam mortas agora pouco?! – Perguntou Márcio.
-Acho que não. Tô muito bêbada e quero voltar pra casa.
-Não quer não.
-Quero sim.
-Não discuta comigo, se eu digo que não quer é porque não quer mesmo.
-Então ta.

Márcio a levou para o meu quarto.

-Esse quarto é o meu, leva pro outro. – falei.
-Tá.

Levou para o outro quarto e trancou a porta. A ruiva ainda estava ali no chão com as costas escoradas na parede. Sentei-me do seu lado.

-Oi?
-rrôi
-Tirando essa sua cara amassada, você até que é bonitinha.
-...
-Ah, morreu de novo?
-...

Abaixei a alça da blusa e avistei o seio esquerdo.

-É, até que você é gostosinha também.

Carreguei-a até ao meu quarto, coloquei-a na cama e tranquei a porta. Embora estivesse demasiada bêbada para interagir, foi a melhor foda da minha vida.
Márcio bateu na porta.

-Rios, tô saindo.
-Tá, deixa o Wisky ai.
-Ok.

Quando ouvir a porta de casa batendo e anunciando a saída do amigo, levantei peguei a garrafa e bebi o resto, sentado em minha cama admirando a ruiva pelada. Acendi um cigarro, terminei de fumar e dormi.
De manhã, a doida me cutuca a cara.

-Ei, porque acordei pelada e você ta ai pelado?
-É, também não sei, porque será?
-Acho que algum maluco que assistiu Jogos Mortais demais fez isso.
-Ah, larga de ser doida, você bateu aqui ontem tão bêbada que mal se agüentava em pé, te coloquei na minha cama e você me chamou pra foder.
-E fodemos?
-Fodemos umas quatro ou cinco vezes.
-Que lugar é esse aqui?
-Meu apartamento.
-E fica aonde esse seu apartamento?
-Em Salvador.
-Que bairro?
-Brotas, avenida Dom João VI.
-Que merda.
-Merda?
-Sim, acordei ao lado de um cara que nunca vi na minha vida.
-Não tem problema, isso acontece o tempo todo.
-Acho que vou embora.
-Não precisa ir.
-Por quê?
-Porque eu gosto de você.
-Você nem me conhece.
-Mas mesmo assim eu gosto. Aonde você mora?
-Não moro em lugar nenhum.
-Como assim?
-Vivo pela sorte.
-Quer morar aqui comigo?
-Você está me pedindo em casamento?
-Acho que sim.
-Eu aceito.

Dei um beijo e a puxei para cama.

-Mas eu nem sei seu nome.
-Rios, Henrique Rios.
-O meu é Glória, e aonde você trabalha.
-Trabalho em casa.
-Fazendo o que?
-Escrevo contos.
-E da muito dinheiro?
-Até agora não me deu dinheiro nenhum.
-E como faz pra pagar o apartamento?
-Vivo pela sorte.

Dei outro beijo e comecei a meter, conseguir dar duas fodas.

-Ei Glória, compra um vinho ali no mercado.
-Que vinho?
-Qualquer um.

Entreguei-lhe 10 reais, desceu as escadas e foi no mercado. Acendi um cigarro e fiquei olhando a vida das pessoas pela janela, conclui que existe muita gente no mundo e mesmo eu sendo um cara deprimido com tendências suicidas, a maioria dessas pessoas não tem a metade da minha felicidade. Dei apenas 10 reais para garota, ela aparece com um vinho de 15 reais e duas carteiras de cigarro, a maioria das pessoas realmente nem sonham em chegarem a ser tão felizes como eu.



Olá leitores, deixem comentarios aqui no blog.. ninguem comenta.. =/